terça-feira, 29 de março de 2011

OPERAÇÃO "FARO FINO" RENDE SETE CONDENAÇÕES

As penas variam de oito a mais de 12 anos de prisão. Todos são membros da quadrilha desarticulada pela “Operação Faro Fino”

Sete pessoas foram condenadas pelo Tribunal da Comarca de Poço Fundo por tráfico e associação ao tráfico. Os desfavorecidos são todos membros da quadrilha desarticulada pela Operação Faro Fino, desencadeada entre março e maio de 2010. Três pessoas foram absolvidas. Das decisões, cabem recursos.
As maiores punições foram aplicadas aos que são considerados líderes do bando. Iran Garroni Trindade, de Machado, e Vagner Fernando de Souza, de Poço Fundo, foram condenados a 12 anos e nove meses de prisão, enquanto Alexandre Morais Souza, também poço-fundense e um dos primeiros a serem presos, pegou 11 anos e oito meses. Já para o machadense Alison Domingues, a pena é de dez anos e cinco meses.
Hualas Gleisson Correia, também detido na primeira fase da operação, foi condenado a oito anos de prisão. A mesma pena foi impingida a Gisele de Oliveira Rodrigues (esposa de Alexandre) e Amanda Reis, acusadas de assumir o “trabalho” depois das primeiras prisões.
Uma mulher se livrou de condenção por crime de crime de tráfico, mas não escapará das consequências por ser usuária. Na prática, ela terá que seguir alguns procedimentos relacionados a tratamento e pagará uma pena alternativa. Outra mulher de Poço Fundo e um homem de Machado foram absolvidos. Por conta destas absolvições, o Jornal de Poço Fundo On Line opta por não revelar os seus nomes.

A operação

A operação Faro Fino foi realizada em três etapas, entre março e maio de 2010. Na primeira, dois homens foram presos na tarde do dia 13 de março. Alexandre e Hualas foram detidos na região do Acesso II de Poço Fundo (Volta do Algodoeiro). Segundo a Políicia, eles "dispensaram" drogas trazidas de Machado ao ver uma viatura, mas depois tentaram reavê-las. O que eles não sabiam é que a Polícia já os monitorava, após uma longa investigação. Com eles, foram encontrados um tablete de maconha (com cerca de 50 gramas) e vinte pedras de crack (que somavam dez gramas). Estas pedras seriam divididas em pedaços menores para venda. “Daria umas trinta pedrinhas para uso, com certeza”, afirmou o delegado Cleovaldo Pereira.
Na segunda fase, foram presas a dona de casa Gisele e a jovem Amanda. Elas teriam assumido o tráfico no lugar da primeira dupla e foram detidas na casa de Gisele (e de Alexandre), local apontado como principal ponto de vendas dos entorpecentes. Num muro e em um telhado, foram encontradas 95 unidades de crack e ainda uma pedra maior, que seria fracionada em pelo menos trezentos pedaços. De acordo com as investigações, a droga tinha sido entregue naquele dia à dona da residência, e sua amiga era a responsável pela venda no varejo.
Na terceira etapa, nove pessoas foram detidas numa ação conjunta das Polícias Civil e Militar nas cidades de Machado e Poço Fundo. 150 policiais participaram da operação, com 56 viaturas, três motos e apoio de agentes e cães farejadores da Guarda Municipal de Alfenas. Quarenta mandados (dez de prisão e trinta de busca e apreensão) expedidos pelos juizados de Poço Fundo e de Machado foram cumpridos. Iran, Alison e Vagner eram as prioridades nas buscas.
O ex-agente prisional Adriano de Souza, que na época atuava na Cadeia de Poço Fundo e foi acusado de fazer parte da quadrilha, deveria ter sido preso naquela oportunidade, mas fugiu e só foi capturado em fevereiro deste ano. O processo dele corre em separado.


Na cadeia

Dos condenados, quatro estão presos em Itajubá, dois em Poço Fundo e um em Machado. Todos permanecem detidos até julgamento dos recursos que ainda podem ser interpostos.


Delegado comemora

Para o delegado Cleovaldo Pereira, responsável pelas investigações que culminaram na Operação Faro Fino, a decisão da Justiça quanto aos envolvidos merece comemoração e serve de alerta para os que insistem em atuar no tráfico de drogas. “O Tribunal de Poço Fundo aplicou as penas justas aos envolvidos e isto nos incentiva a continuar trabalhando para acabar com essa praga que assola nossa região, o tráfico de drogas”.
O delegado não acredita numa revisão das decisões por parte de instâncias superiores e aposta na eficácia do trabalho policial como garantia de que os membros da quadrilha não possam, tão cedo, voltar às suas vidas de crime. “Foi uma investigação feita com paciência e com fatos comprovados de maneira contundente. Diante das provas apresentadas, não creio que estas condenações sejam anuladas”.

Um comentário:

  1. Manter esses vagabundos na cadeia custara caro para os cidadaos que pagam seus impostos, mas iriam custar mais caro ainda se ficassem soltos por ai vendendo drogas,com tanta delinquencia que a por causa de drogas; muito bom o trabalho de todos envolvidos nesse caso,e pena que com 2 ou 3 anos estarao todos soltos,apesar de ter sido condenados a 11 anos de prisao

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